Milla Fernandes conta sua experiência de Intercâmbio no Chile
Cresce cada vez mais o número de jovens que saem de seus países para fazer intercâmbio na tentativa de buscar uma troca de experiências, culturas e também para aprimorar idiomas. A aluna Milla Fernandes sempre desejou conhecer novos países, mas foi só através do Programa Acadêmico de Intercâmbio Internacional (PAINT) oferecido pela Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ), que ela conseguiu realizar esse sonho.
Arquivo Pessoal |
Entre as suas opções de destino estavam o México, Argentina e Chile. A preferência se dava especialmente por escolher um país de língua espanhola. Apesar do Chile ser uma das suas últimas opções foi exatamente essa a sua escolha que, segundo ela, aconteceu de forma bem engraçada.
“Eu estava realmente em dúvida sobre qual país escolher. Na hora da inscrição meu chaveiro estava em cima da mesa. É um chaveiro do Chile que meu tio trouxe de viagem para mim. Não sabia muito sobre o país, nunca tinha me chamado muito a atenção, mas foi naquele momento que eu resolvi. Iria para o Chile, graças ao meu chaveiro. Estava disposta a conhecer o novo”, conta.
Essa decisão hoje a enche de orgulho, mas muitas foram as dificuldades para se adaptar nesse novo ambiente no qual ela viveu durante seis meses. Língua, costumes e cultura a impressionaram no início. “A primeira coisa que eu notei foi que os chilenos são receptivos, mas discretos e um pouco contidos. Ao mesmo tempo que se trata de um povo amigo e hospitaleiro, eles são frios. A língua também foi outro grande problema, eles tem muitas gírias e regionalismos próprios, eu não dominava muito o espanhol. No verão eles ainda acharam um pouco estranho eu vestir roupas curtas, eles são um pouco machistas”, relembra.
Passados esses primeiros desafios, Milla garante que se adaptou bem. Além de toda experiência pessoal e cultural que conquistou, ela ainda destaca o contato profissional com o jornalismo chileno. “Fiz jornalismo televisivo, online, programas de rádio e TV e reportagem. Foi muito interessante saber como funciona a televisão em outro país. Com tudo isso percebi como nós brasileiros somos bons para isso. Nosso conteúdo, imagem e som são muito superiores. Mas o contato com outra realidade foi fantástico”, explica.
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Depois de vivida a experiência, Milla garante que muita coisa mudou em sua vida e a oportunidade oferecida pela Universidade foi parte fundamental nesse processo de mudança. “Amadureci mais nesse tempo do que em anos, parece brega, mas é verdade. Aprendi a me adaptar a situações diversas e a lidar com diferentes pessoas. Foi uma oportunidade incrível e todas as Universidades deveriam aderir. Enriquece o conhecimento do aluno e traz benefícios para ela própria, já que os que voltam do intercâmbio vem sempre com ideias novas e com vontade de participar mais”, destaca.
Sobre a experiência do intercâmbio ela afirma que todas as pessoas devem tentar, no entanto não devem repetir seus passos. Se preparar e conhecer o país para onde vai é a primeira coisa a ser feita. “O meu recado é simples: façam intercâmbio. É uma experiência única e inexplicável. Eu não me preparei de nenhuma forma para a viagem, não pesquisei nada sobre o país que ia, nem sobre a geografia dele, não sabia nem mesmo sobre as pessoas que estavam lá. Um bom conselho para os que querem encarar esse desafio é pesquisar mais a respeito do lugar que você vai, isso ajuda muito”, finaliza.